
Durante a programação do II Congresso Brasileiro de Jornalistas e Comunicadores de Turismo, uma das mesas-redondas mais esperadas abordou o tema “Comunicação como ferramenta de integração, visibilidade e sustentabilidade para o Turismo”. O encontro reuniu profissionais de diversas áreas da comunicação, do jornalismo ao marketing institucional, para discutir como a informação pode potencializar o desenvolvimento sustentável do setor turístico no Brasil.
Com moderação de Marco Aurélio Jacob, presidente da FEBTUR Tocantins e diretor da Gazeta do Cerrado, a mesa trouxe reflexões profundas sobre os desafios e oportunidades de se comunicar o turismo de forma estratégica, ética e inclusiva.
Mesa: “Comunicação como ferramenta de integração, visibilidade e sustentabilidade para o Turismo”
Mesa com a presença de:
- Fábio Zelensky – União Nacional de Convention & Visitors Bureau (CVBs) e Entidades de Destinos – Unedestinos
- Veronica Lima – Coord. de Comunicação da AJOR – Associação de Jornalismo Digital (reúne 130 entidade de jornalismo do Brasil)
- Arcângela Sena – Docente e Coordenadora dos cursos da Área da Economia criativa na Estácio do Pará e de Pós-Graduação
- Daniel Nardim – Fundador da Amazônia Vox
Moderação: Marco Aurélio Jacob – Febtur/Gazeta do Cerrado
Entre os participantes, Fábio Zelensky, representante da Unedestinos (União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos), destacou a importância da articulação entre poder público, iniciativa privada e comunicação institucional como base para o fortalecimento de destinos turísticos. Ele ressaltou o papel dos Conventions & Visitors Bureaux na estruturação de narrativas que valorizem a vocação local e mobilizem o trade turístico de forma coordenada.
Representando o jornalismo independente e digital, Veronica Lima, coordenadora de comunicação da AJOR (Associação de Jornalismo Digital), que reúne mais de 150 veículos em todo o país, apontou a relevância da pluralidade de vozes na cobertura turística. “Precisamos romper com os estereótipos e dar espaço para pautas que realmente traduzam os territórios e seus protagonistas”, afirmou.
Da academia, a professora Arcângela Sena, coordenadora dos cursos da área de Economia Criativa da Estácio do Pará, apresentou dados e experiências sobre a formação de novos profissionais da comunicação voltados ao turismo. Ela defendeu o fortalecimento do tripé ensino, pesquisa e extensão para que a comunicação seja também uma ferramenta de transformação social e desenvolvimento regional.
Já Daniel Nardim, fundador da Amazônia Vox, compartilhou experiências em narrativas amazônicas, alertando para a urgência de integrar a comunicação turística com os debates socioambientais. “A Amazônia não pode ser vendida como um cenário exótico. O turismo sustentável precisa contar a história das populações que vivem nesses territórios e proteger seus saberes”, destacou, mas se preocupou com a ressaca do pós COP 30.
O debate foi marcado pela convergência de olhares: da comunicação como elo entre setores, como ferramenta de cidadania e como ponte entre o local e o global. Ao final, foi consenso entre os istas que a visibilidade turística a pela escuta ativa dos territórios e pela valorização de narrativas plurais, inclusivas e sustentáveis.
Essa mesa reforçou o papel do Congresso como espaço estratégico para repensar a comunicação turística no Brasil, conectando jornalistas, comunicadores, gestores públicos, empresários e acadêmicos em torno de um objetivo comum: transformar o turismo por meio da palavra.